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Fidelida Cristã

(Apoc. 2:8-11)
O texto acima faz uma recomendação aos crentes da igreja de Esmirna a que se mantenham fiéis até a morte, isso indica o martírio, mas ao mesmo tempo, tem o sentido de uma graduação de fidelidade no tempo da peregrinação.
Fidelidade, confiança, fé, crente e fiel são oriundos da mesma raiz grega, que significa aquele que é comprometido, que é fiel, que não é demovido de sua dignidade e fé. E fiel e leal.
Policarpo de Esmirna é um exemplo desta fidelidade para Cristo. O bispo que, nasceu em 69 d.C num lar cristão e, estando aprisionado, em conseqüência de sua fé em Jesus, quando pedido para abjurar a Cristo disse: “Faz oitenta e seis anos que o sirvo, e nenhum mal me fez. Como hei de blasfemar do meu rei, que me salvou? Policarpo foi martirizado em uma fogueira e, pedido novamente a negar a Cristo, ele zombava do fogo dizendo que fogo muito pior será no juízo eterno. E, segundo se diz, o fogo fez um arco ao seu redor, ficando intocado no meio das chamas sendo morto pela adaga de um soldado que estava próximo, só depois disso o fogo o consumiu.
Hoje milhares de cristãos no mundo são martirizados, por sua fé em Jesus Cristo. Na Indonésia os cristãos são forçados a negar a fé em Cristo e, não o fazendo, cortam-lhes as mãos, os pés, os braços e, por último, os abrem pelo meio. Em 2001 houve um massacre nas Filipinas, onde extremistas e guerrilheiros islâmicos aprisionaram e mataram um grande número de crentes. Isso mostra que a carta a Esmirna não é somente para os dias de Policarpo, mas para a igreja que sofre e se mantém fiel a Jesus em todas as épocas e em todo o mundo.
Em nosso país os cristãos gozam de liberdade religiosa, a igreja cresce e, ao mesmo tempo, parece haver uma displicência com relação ao testemunho. Políticos, dito evangélicos, vendem a dignidade da nação e o Reino de Deus, com sua justiça parece mais longe e utópico. Como ser um cristão fiel em nossos dias? Como entender a fidelidade Cristã?

(Mt. 10:34-39; 16: 24-28)
Os textos de Mateus nos mostram as dificuldades para aqueles que quisessem ser seus discípulos.
A primeira dificuldade é a quebra de paradigmas, de valores. É por isso que a conversão é uma mudança de mente do indivíduo, gerando um choque cultural.
O Reino de Divino invade o reino dos homens e começa a proceder mudanças radicais e um despojar dos valores.
Se no reino dos homens a paz é estabelecida por acordos bipartites, baseados nas vontades associadas. No Reino dos céus, Deus é soberano e perfeito e sua vontade é compartilhada pelos seus, não dando lugar a vontades individuais; uma vez que a vontade de cada um está em comunhão com a de Deus. (Jo. 17: 20-26)-(unidade). Isso, todavia, não quer dizer uma falta de responsabilidade pessoal, uma vez que para experimentar a vontade (vida) de Deus deve-se colocar-se em submissão (negar-se a si mesmo- renunciar) e segui-Lo; é interessante como os valores do reino dos homens estão tão corrompidos a ponto de não aceitarem os valores do reino de Deus. Daí os inimigos serem os da própria família (Mq 7:2-6).
Em Mt. 10: 37-38 a responsabilidade pessoal do discípulo em testemunhar é bem clara (não é digno de mim). Não basta saber, acreditar ou mesmo falar a outros, o verdadeiro testemunho é vida, é caminhar, é seguir o passos de Cristo Jesus. (veja o que diz em Mt. 10:7-15)
A igreja é desafiada a viver de modo digno, como testemunha fiel e portadora das promessas de Deus.
“Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé cristã. “ Fp.1:27
“ A fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus.” Cl 1:10
“ Exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus que vos chama para o seu reino e glória.” I Ts. 2:12
“Os quais , perante a igreja, deram testemunho do teu amor. Bem farás encaminhando em sua jornada por modo digno de Deus.” III Jo 1:6

(At. 12:1-6; 16:19-26; Rm 14:8; 8: 18-23; 8:31-39)
Fidelidade Cristã é confiar que Deus está no comando da situação, mesmo quando passamos pelo “vale da sombra da morte”. Não devemos nos esquecer que Ele está a nos segurar pelas mãos e que praga nenhuma chegará a nossa tenda, nenhum mal nos sucederá e que aparentes derrotas tem peso de glória eterna. Leia os textos acima: Pedro e Tiago estavam presos. Deus soltou Pedro, mas permitiu que Tiago fosse traspassado. Note, Pedro estava dormindo algemado de ambas as mãos entre dois guardas e, devido a uma intervenção divina se viu livre, para Tiago a liberdade se deu com a martírio.
Paulo e Cilas são libertados em meio ao louvor e pregam o evangelho ao carcereiro, salvando ele e toda a sua família e, pela manhã foram libertos.
Quando sabemos que Deus é fiel e que nós pertencemos a Ele, seja na morte ou na vida, nada pode nos separar dessa realidade, nem tão pouco nossa fé ser abalada.
Números 23:19- Deus não é homem que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá.
II Timóteo 2:13- Se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo.
I Coríntios 10:13- Não vos sobreveio tentação que não fosse humana.; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.
O Deus que não pode mentir é quem. faz a promessa de vida para o seu povo. Nos escritos de João a Vida Eterna assume o lugar do Reino de Deus prometido nos evangelhos. Em nosso texto base são mencionados como recompensas a coroa da vida e o não sofrer dano da segunda morte, mas outras promessas são feitas a Igreja: Alimentar-se da árvore da visa, receber o maná, uma pedra branca e um novo nome; receber autoridade sobre as nações, e a estrela da manhã, receber vestiduras brancas e ter o nome confessado por Cristo diante do Pai.
Essas promessas já seriam recompensas suficientes para nos conservarmos fiéis ao Senhor.
A Fidelidade para como o Senhor é a marca de que pertencemos a Ele e, como somos conclamados as sermos fiéis, isso não exige nenhum esforço extra da nossa parte, e não ser vivermos a nova vida que nos está proposta em Cristo, isto é, vivermos no amor de Cristo (João 13:35).
Devemos portanto, ser fiéis testemunhas de Cristo; não somente de palavras, mas sobretudo em poder, fazendo as obras de Cristo e frutificando na sua graça( Gl. 5:22-23). É tempo de fazer a diferença em nosso mundo.
Quando paramos para pensar em todas as promessas de Deus, sentimo-nos impulsionados a declarar nossa fidelidade por Ele.

Pr. Sérgio Roberto Pinheiro Gomes

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